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Analista de segurança conta como se dão os ataques de negação, invasões e quais as melhores ações a serem tomadas.O time responsável pelos servidores de um site sempre sofre quando  acontece um ataque virtual. Nessa onda de protestos do grupo de hackers  como o Anonymous, por exemplo, tem muita empresa de infraestrutura web  tendo que trabalhar dobrado para resolver os danos causados por esses  impulsos. E os primeiros momentos da "guerra" exigem ações rápidas para  evitar maiores danos.
Existem dois tipos de ataques: os de negação de serviço, conhecidos como 
DDoS  (Denial of Service, na sigla em inglês), e as invasões. Em cada um dos  casos, a equipe que coordena os servidores deve agir de uma maneira  diferente. Segundo Guilherme Bistolfi, analista de segurança da Ananke,  nos ataques de negação, o fluxo de acessos do site muda - ou seja, de  repente, um número de "pessoas" muito acima do normal tenta acessá-lo ao  mesmo tempo.  Portanto, é preciso identificar a causa dessa  anormalidade.
Imaginem que o Olhar Digital está sendo atacado. O analista dos nossos  servidores avalia de onde estão vindo os acessos, quem são as pessoas  que estão acessando e quais as páginas que estão gerando esses acessos.  Caso o motivo desse aumento de acessos não seja justificado por uma  matéria bombástica (morte do Steve Jobs, por exemplo), eles percebem que  estão sendo atacados.
Como os ataques DDoS utilizam uma rede de máquinas zumbis que tentam  acessar ao mesmo tempo a página de um site, há uma sobrecarga no  servidor que fica, então, impossibilitado de atender a todas as  requisições simultâneas de acesso. É o mesmo que você abrir vários  programas no seu computador ao mesmo tempo: uma hora, ele vai ficar  lento e até travar. Para evitar que o servidor entre em colapso e pare  de funcionar, o analista pede para que o seu fornecedor barre os  acessos.
"É como se fosse um condomínio em que o prédio é o Data Center e o  elevador é o link interno que leva as informações para o térreo (site). O  que fazemos é pedir que o fornecedor barre os acessos desses  computadores zumbis já na entrada do prédio, assim ele não cai. Imagine  se o elevador fica lotado, o que pode acontecer”, brinca.
Já na invasão o esquema é bem diferente. De acordo com Guilherme, quando  um hacker invade o site não há alteração do fluxo de acessos e é bem  mais difícil identificar o ataque. Isso porque o hacker invade o site  explorando uma falha na programação. Por se tratar de algo completamente  diferente, as ações tomadas pelos analistas também divergem bastante. O  primeiro passo das empresas de Data Center é iniciar um trabalho  investigativo para encontrar o erro que foi explorado. "Se o site  invadido tiver dados de terceiros o melhor a se fazer é tirá-lo do ar  para encontrar com calma a vulnerabilidade e consertá-la", explica.
Na maioria dos casos de invasões, os responsáveis deixam mensagens  dentro das páginas avisando que aquele site foi hackeado. Então, segundo  Guilherme, o ideal é retirar essa mensagem do ar e monitorar o site  para que, quando a pessoa voltar a inserir a mensagem, fique mais fácil  de descubrir onde está a falha. "Se houver mensagem e se o site não  possuir informações confidenciais, dá para aguardar o hacker invadir de  novo e pegá-lo no flagra", comenta.
Ambos os casos são bastante comuns, segundo Guilherme. Mas, os métodos  são utilizados em situação diferentes. Enquanto o DDoS tem conseqüência  imediata (derruba o site), as invasões deixam seqüelas, especialmente se  dados confidenciais do site forem roubados. Grupos como o Anonymous  trabalham com as duas modalidades, porém, dependendo da situação eles  avaliam qual é a melhor forma. Para fazer 
retaliações, como o que aconteceu com o site do FBI,  eles optam por ataques rápidos e certeiros de DDoS.  Já para expor  corrupções ou fraudes, eles preferem perder um pouco mais de tempo e  encontrar vulnerabilidades nos sites, assim, eles conseguem publicar  informações confidenciais.
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