A Polícia Federal, que anunciou nesta sexta  (24) a abertura de investigações sobre ataques de hackers a sites de  órgãos públicos, está utilizando “robôs” e o auxílio de investigadores  especializados em crimes cibernéticos para rastrear os criminosos.
Os “robôs” são programas que funcionam com pouca ou nenhuma  interferência humana, e caçam informações relevantes na rede ou em  arquivos de registro de entrada de usuários em sites e provedores de  acesso.
A PF pretende enquadrar os piratas virtuais no artigo 265 do Código  Penal, que classifica como crime atentar contra a segurança ou o  funcionamento de serviços de utilidade pública e estabelece pena de um a  cinco anos de reclusão e multa.
O enquadramento no artigo 265 do Código Penal é uma alternativa, já  que, para a Polícia Federal, há ausência de leis específicas para punir  os invasores de sites do governo.
Para a PF, a solução seria a aprovação de uma lei, como a prevista no  projeto 84/99, parado no Congresso. Pelo projeto, de autoria do  ex-deputado Luiz Piauhylino PSDB/PE. O projeto caracteriza como “crime  informático ou virtual” os ataques praticados por “hackers” e  “crackers”, em especial as alterações de home pages e a utilização  indevida de senhas.
Segundo informações da Câmara dos Deputados, o projeto segue em tramitação.
Maiores da história
Na madrugada de quarta-feira, hackers do grupo conhecido como LulzSec  Brazil conduziram um ataque aos sites da Presidência, do Senado e da  Receita Federal, classificado como o maior da história da rede no  Brasil. Na sexta, outro grupo invadiu e “pichou” a página na internet do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O site do Ministério da Cultura também apresentou instabilidade, em  decorrência da sobrecarga de acessos por um único usuário. A equipe de  infraestrutura do ministério trabalha com a possibilidade de que o site  tenha sido alvo de hackers, mas não confirma o caso como um novo ataque.  Após detectar e neutralizar a ameaça, o site voltou a funcionar  normalmente.
A página do Ministério do Esporte ficou fora do ar na manhã desta  sexta, mas por volta das 9h o acesso estava normalizado. A assessoria de  imprensa da pasta havia informado na quinta que tiraria o site do ar  para que seja feita uma varredura. Segundo a assessoria, o procedimento é  padrão para o trabalho de rastreamento.
A assessoria da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária  (Infraero), vinculada ao Ministério da Defesa, afirma que a página da  autarquia foi tirada do ar propositalmente para reforço na segurança,  para evitar possíveis ataques de hackers.
Força contrária
O canal de comunicação usado pelo LulzsecBrazil foi fechado por volta  das 22h desta quinta (23). A decisão foi tomada pelos administradores da  rede que também hospeda o canal usado pela operação do Lulzsec  original.
Antes, o grupo divulgou na internet arquivos com supostos dados de  políticos, como a presidente Dilma Rousseff, o prefeito de São Paulo,  Gilberto Kassab, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o prefeito  do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Um possível indício do surgimento de um grupo de piratas contrários  ao LulzSecBrazil é a divulgação de um documento que acusa um hacker de  ser líder do movimento brasileiro. Ele seria Al3XG0, um conhecido  criminoso digital envolvido com o roubo de senhas bancárias e cartões de  crédito e que mantinha um site que pegava informações de brasileiros  usando uma falha no site do Ministério do Trabalho.
O documento indica também nome, RG e CPF de uma pessoa que, segundo o  texto, seria o hacker Al3XG0. Há ainda um link para uma fotografia,  supostamente do hacker.
O LulzSecBrazil teria ligações com o LulzSec internacional,  responsável por ataques recentes a empresas de videogame como Sony e  Nintendo, às redes de televisão americanas Fox e PBS e a órgãos  governamentais americanos como a CIA (agência de inteligência americana)  e o FBI (polícia federal), além do serviço público de saúde britânico, o  NHS.
Fonte: Blog so Tito
 
 "Robôs". Nova tática da polícia federal contra hackers
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