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domingo, 17 de outubro de 2010

Chips da AMD devem consolidar várias funções


Por enquanto, as fabricantes de processadores se concentram em produtos com vários núcleos, mas essa tendência deve mudar.

Atualmente as fabricantes de chips AMD e Intel disputam qual delas irá introduzir mais núcleos em seus processadores. Mas essa briga não irá durar para sempre. Pelo menos não na perspectiva do CTO para a linha de servidores da AMD, Donald Newell. Ele prevê que a disputa deverá mudar para qual chip concentra o maior leque de aptidões específicas.

“A guerra da contagem de núcleos vai terminar uma hora. Não posso predizer com exatidão quando isso vai acontecer. Contudo não acredito que cheguemos aos 128 núcleos até o final dessa década”, afirma Newell, que se uniu à AMD na metade desse ano depois de passar 16 anos na concorrente Intel.

“Essa perspectiva é alinhada ao road map tecnológico, mas difere da perspectiva do plano de posicionamento do mercado de servidores, em que as pessoas esperam servidores cada vez mais poderosos”, diz, enquanto é entrevistado pela equipe do IDG durante um evento voltado ao cloud computing, realizada em Nova Iorque.

Essa alteração na rota de desenvolvimento, caso se concretize, pode vir a aliviar a vida de programadores que, em todo o mundo, se debatem para escrever seus aplicativos com suporte ao multiprocessamento.

Até o início da década passada o poder das CPUs era medido na frequência em que operam. A cada nova geração de processadores, os processadores estendiam o suporte à frequências mais altas.

“Enquanto estive na Intel, achávamos que um dia seriam fabricados chips com 10GHz”, diz Newell. “Só abandonamos a ideia, ao descobrir que um chip nessa frequência seria capaz de atravessar o núcleo da terra graças ao calor”, lembra.

Agora, a AMD e a Intel travam batalhas no front dos processadores com seis e até oito núcleos reais. “Da mesma forma que chegamos ao fim da era dos GHz, vamos encerrar a era dos processadores com vários núcleos”, afirma o executivo.

Ele aposta em um novo ambiente: o da computação heterogênea, em que, no lugar de estarem concentradas em desenvolver chips de uma função única, as indústrias irão se voltar à criação de processadores que consolidam, em uma peça única, as funções de renderização, de encriptação e de rede, por exemplo.

A AMD já move seus recursos nesse sentido. Com lançamento planejado para 2011, a linha de processadores Brazos, desenvolvida para munir computadores portáteis, exemplifica o que a fabricante chama de accelerated processor units (unidades de processamento acelerado), em que várias funções são aglutinadas em um chip único.

“Nada nos impede de implementar recursos específicos com o objetivo de chegarmos a um processamento mais eficiente”, diz Newell. “Logo, você pode esperar por arquiteturas heterogêneas, em que identificamos a incorporação direta de várias rotinas à arquitetura x86”, continua o executivo.

Esses componentes dedicados funcionariam igual aos co-processadores. “A AMD trabalhar para tornar essa fusão um processo descomplicado”, diz o executivo.

Do outro lado do cenário, a Intel também dá sinais de rumar na mesma direção com a linha de chias batizada de Sandy Bridge, em que as funções de CPU e de GPU serão integradas.

Eventualmente essa tecnologia chegará a um nível em que partes do chip sejam reconfiguráveis remetendo à época da tecnologia FPGA. “Apesar dessa tecnologia não estar no road map, ela é elegível para ser integrada à trajetória tecnológica desses chips”, ressalta Newell.

Outra realidade inovadora que vem junto desses processadores é a gestão de energia. “Houve uma época, em que essa questão não era prioridade”, nota Newell. “Até 2004, todas as atenções estava voltadas à performance. Foi quando, a pedido dos consumidores, as empresas tiveram de otimizar o consumo de energia de seus produtos”, diz Newell.

De alguns anos para cá a AMD e a Intel vêm incorporando recursos de economia de energia nas ferramentas administrativas dos chips. Quando determinadas funções do processadores não são demandadas, elas baixam a frequência e consequentemente consomem menos energia.

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